Avaliando a usabilidade do seu projeto por meio da análise heurística

Publicado em , por: Guilherme Pereira

Garantir a usabilidade do seu projeto certamente não é nenhuma novidade para você, cada vez mais o mercado de T.I. vem amadurecendo nesse sentido para garantir que os produtos desenvolvidos sejam mais fáceis de usar. Submeter a interface de um determinado aplicativo à avaliação de especialistas em usabilidade garante inúmeros benefícios.

Benefícios para começar a realizar análise heurística no seu projeto

  • Maior concisão da interface diminuindo assim a curva de aprendizagem.
  • Facilidade do manuseio e adequação da interface a lógica do usuário permite que os mesmos tenham uma impressão positiva do seu produto e passem a utilizá-lo mais vezes.
  • Indicada para quando não houver tempo hábil ou não for plausível realizar testes práticos com os usuários do site, possibilitando maior assertividade na tomada de decisões e diminuição de refações e ajustes.
  • Agilidade de aplicação, cerca de um dia ou menos.
  • Pode ser aplicada em qualquer estágio do projeto, incluindo protótipos precoces.
  • Baixo custo pois não existe a necessidade de um laboratório ou equipamento específico.

A palavra heurística tem origem grega, heurísko, e  está relacionada ao descobrimento. Segundo Jakob Nielsen a análise heurística é um método utilizado para que possamos descobrir possíveis erros de usabilidade de uma interface para que sejam corrigidos durante o processo de desenvolvimento interativo. A análise compreende submeter a interface a um grupo de avaliadores que por meio de princípios de usabilidade (heurísticas) identificam os pontos críticos do projeto. A quantidade de especialistas mais indicada é de 1 a 3 especialistas sendo que no caso de 1 especialista 35% dos problemas são encontrados em contrapartida para 3 especialistas estima-se que 75% dos problemas são descobertos. O número excessivo de avaliadores traz pouco retorno de investimento, então o ideal mesmo seria até 3 profissionais =)

Utilizando o framework scrum, dentro da cultura ágil de sua empresa, a avaliação da interface pode ser realizada durante a sprint  por meio de um protótipo alta, média ou baixa fidelidade, ou ainda na release do produto, contando com o feedback e apoio de outros stakeholders.

Para uma análise mais aprofundada é importante ter em mente quem são os usuários daquela interface, quais são suas preferências/expectativas relacionadas a aplicação em desenvolvimento e quais as atividades prioritárias executadas.

 

 10 princípios de usabilidade de Nielsen

1. Visibilidade do status do sistema (feedback):

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O sistema deve informar continuamente e apropriadamente ao usuário sobre o que ele está fazendo, em tempo razoável.

 

2. Correspondência entre o sistema e o mundo real

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A terminologia e os elementos de interface devem ser baseados na linguagem do usuário, não do sistema. As informações devem ser organizadas conforme o modelo mental do perfil do usuário.

 

3. Controle do usuário e liberdade

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 O usuário controla o sistema. Ele pode, por exemplo, abortar uma tarefa ou desfazer uma operação e retornar ao estado anterior.

 

4. Consistência e padrões

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Um comando, ação ou elemento de interface deve ter sempre o mesmo efeito e aparência. A mesma operação deve ser representada na mesma localização e deve ser formatada/apresentada da mesma maneira para facilitar o reconhecimento.

 

5. Prevenção de erros

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Evitar situações de erro. Conhecer as situações que mais provocam erros e modificar a interface para que estes erros não ocorram.

 

6. Reconhecimento em vez de recordação

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O sistema deve mostrar os elementos de diálogo e permitir que o usuário faça suas escolhas, sem a necessidade de lembrar um comando específico.

 

7. Flexibilidade e eficiência de utilização

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Para os usuário experientes executarem as operações mais rapidamente. Abreviações, teclas de função, duplo clique no mouse, função de volta em sistemas hipertexto. Atalhos também servem para recuperar informações que estão numa profundidade na árvore navegacional a partir da interface principal.

 

8. Estética e design minimalista

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Deve-se apresentar exatamente a informação que o usuário precisa no momento, nem mais nem menos. A sequência da interação e o acesso aos objetos e operações devem ser compatíveis com o modo pelo qual o usuário realiza suas tarefas.

 

9. Ajude os usuários a reconhecer, diagnosticar e resolver erros

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 Linguagem clara e sem códigos. Deve-se ajudar o usuário a entender e resolver o problema sem culpá-lo ou intimidá-lo.

 

10. Ajuda e documentação

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O ideal é que o software seja tão fácil de usar (intuitivo) que não necessite de ajuda e documentação. Se for necessária a ajuda deve estar facilmente acessível online.

 

A importância da avaliação heurística certamente podem auxiliar na adoção de boas práticas para melhorar a usabilidade da sua aplicação. Então comece a colocar em prática esses conceitos, entre em contato aqui para mais informações ou deixe seu comentário!

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